sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

AS DORES DO PARTO SE INTENSIFICAM

Frio mata quase 200 pessoas na Europa.

Só na Ucrânia, a hipotermia fez 101 vítimas nos últimos sete dias


 Pessoas andam em meio à neve nas ruas de Belgrado, na Sérvia Foto: Darko Vojinovic / AP


Pessoas andam em meio à neve nas ruas de Belgrado, na Sérvia Darko Vojinovic / AP

KIEV – O número de mortos por hipotermia no inverno intenso que aflige a Europa já chegou a quase 200. Na soma dos registros, o continente teve 170 pessoas vítimas do frio incomum. Só na Ucrânia, onde a temperatura chegou a -30°C , a soma dos mortos é de 101. Nos últimos sete dias, 64 foram achados nas ruas, 26 dentro de suas casas e 11 morreram enquanto recebiam tratamento no pior inverno do país dos últimos seis anos.

Ao divulgar o número, o ministério de Situações de Emergência do país acrescentou que mais de 1.200 pessoas foram hospitalizadas devido a hipotermia. Autoridades fecharam escolas e universidades e abriram cerca de 3 mil abrigos em todo o território. Hospitais estão sendo orientados a não liberar pacientes sem-teto para que não morram de frio.

Na Romênia, onde o frio já fez 22 vítimas, um bebê de quatro meses morreu de hipotermia dentro de casa. Autoridades recolheram outras nove crianças que estavam subnutridas e alertaram que mais de 1,500 correm risco.

- Nós estamos fazendo o nosso melhor para nos prepararmos contra o frio e se a vida de crianças corre risco, nós vamos tomar as medidas necessárias – disse o porta-voz do governo romeno, Tiberiu Bantas.

A rara neve em Roma mudou a paisagem de cartões-postais como a Praça de São Pedro e a Fontana de Trevi e provocou o fechamento do Coliseu e do Foro Romano. A medida é tomada por precaução sempre que neva na cidade. É a neve mais intensa que atinge a capital italiana desde a década de 1980, com 40 cm de neve acumulados na região norte da cidade até o meio-dia.

As previsões da meteorologia dizem que o frio e a neve podem se intensificar até o fim desta sexta-feira, mas devem diminuir no sábado. O prefeito Gianni Alemanno suspendeu as aulas para não atrapalhar as crianças que não conseguem chegar à escola. O Ministério do Interior recomendou precaução nas estradas e pediu para os italianos evitarem andar de carro.

A Polônia registrou 29 mortos na onda de frio, que chegou a -30°C. A maioria dos mortos também é de pessoas que viviam nas ruas. O governo divulgou um apelo para a população informe imediatamente às autoridades se virem pessoas vagando perdidas ou consumindo álcool.

Na Sérvia, cerca de 11 mil moradores de 6,500 mil casas de vilarejos estão presos em suas comunidades devido ao frio. Cinco pessoas morreram. Helicópteros estão sendo usados para o resgate, assim como na Bósnia, onde uma religiosa cristã, que vivia sozinha, foi retirada de um monastério.

Outros países também registraram vítimas: Lituânia (4), Hungria (4), República Checa (3), e Macedônia (1).


Onda de frio mata 37 por hipotermia na Polônia em 1 semana.



O rio Vistula, em Varsóvia, foi parcialmente congelado. Foto: Reuters

O rio Vistula, em Varsóvia, foi parcialmente congelado

O frio nesta sexta-feira ainda é muito intenso na Polônia, após uma noite que deixou oito mortos pelas baixas temperaturas, que em alguns locais chegou a 35 graus negativos, o que já elevou a 37 o número de vítimas da onda polar que atingiu o país há uma semana.

A maior parte das vítimas é sem-teto, que em muitos casos têm problemas de dependência de álcool, informou nesta sexta o Ministério do Interior. Após a noite de quinta-feira, o número de mortos na Polônia por hipotermia desde novembro aumentou para 75.

As temperaturas devem subir um pouco a partir do sábado, apesar de os termômetros terem marcado -35°C na quinta-feira na comarca de Bialystok, -34°C grausem algumas áreas de Bieszczady e -24°C em Varsóvia.

Pelo segundo dia consecutivo, várias escolas do país fecharam suas portas por conta do frio intenso, enquanto cidades como Varsóvia mantêm fogueiras nas principais ruas para que as pessoas se aqueçam.

As autoridades reforçaram nesta sexta seu pedido à população para avisar imediatamente à polícia caso encontrem pessoas deitadas nas ruas ou consumindo álcool ao relento à noite e agentes fazem patrulhas, principalmente nos lugares onde habitualmente os sem-teto dormem, levando-os para centros de amparo.

O Ministério do Interior também voltou a pedir nesta sexta precaução no uso de fogueiras dentro das casas, já que na última noite duas pessoas morreram por inalação de gases tóxicos, elevando para quatro o número de mortes desse tipo em fevereiro.

Frio glacial desafia manifestantes anti-Putin na Rússia.

O frio glacial será o principal desafio para a manifestação convocada pela oposição para sábado, quando a meteorologia prevê a temperatura de -16ºC.

"As pessoas que nos apóiam afirmam 'irei se não fizer muito frio'. Um grau a menos representa 5 mil manifestantes a menos", declarou um dos líderes da oposição, Boris Nemtsov.

O organizador da manifestação contra o primeiro-ministro Vladimir Putin, que na quinta-feira à noite distribuiu panfletos na saída do metrô, aconselhou os que pretendem comparecer ao evento a usar as "valenki", as tradicionais botas de feltro usada pelos camponeses russos.

"Acredito que os produtores de peças térmicas deveriam patrocinar nossa passeata", brincou.

Nevasca incomum em Roma leva prefeitura a fechar Coliseu.

Neve é a mais forte na capital italiana desde a década de 1980.
A previsão é que a neve se intensifique ao longo do dia e durante a noite.

Uma forte nevasca na região central de Roma deu aos turistas uma rara visão dos pontos turísticos cobertos de neve, como a Praça de São Pedro e a Fontana di Trevi. O Coliseu e o Foro Romano foram fechados por causa das condições do gelo.

A queda de neve é a mais forte na capital italiana desde a década de 1980. Em torno de 40cm de gelo havia caído nos arredores da cidade por volta de meio-dia. A previsão é que a neve se intensifique ao longo do dia e durante a noite, antes de o tempo melhorar, no sábado.

Pessoas se protegem sob guarda-chuvas em frente ao Coliseu romano, nesta sexta (Foto: Alessandro Bianchi/Reuters)

Pessoas se protegem sob guarda-chuvas em frente ao Coliseu romano, nesta sexta

O prefeito Gianni Alemanno instruiu as escolas a continuarem abertas nesta sexta e no sábado, mas não ministrarem aulas para que as crianças que não conseguirem comparecer não sejam prejudicadas. Segundo Alemanno, apenas 5% das crianças foram à escola.

A neve não costumeira causou engarrafamentos no trânsito em torno da cidade antiga.

Muita neve caiu em grande parte da Itália esta semana causando interrupções nos serviços de trens e no transporte rodoviário, especialmente nas regiões montanhosas do Piemonte, Emília Romana, Toscana e Úmbria.

Inundações atingem até 'sertão' da Austrália, e cidades são desocupadas.

Desabrigados foram retirados de helicóptero em Roma, no Outback.
Milhares ficaram ilhados em Queensland; usinas de carvão foram fechadas.

Fortes chuvas levaram à interdição de quatro minas de carvão nesta sexta-feira (3) na Austrália, onde helicópteros militares retiram moradores ilhados de cidades inundadas. As autoridades alertaram para o risco de novas enxurradas.

Mais de 11 mil pessoas ficaram ilhadas no Estado de Queensland e milhares já foram retiradas, segundo os serviços de emergência.

A localidade de Moree, centro da produção algodoeira local, foi dividida ao meio pela enxurrada, e as autoridades precisaram usar helicópteros para realocar cerca de 300 desabrigados que estavam em um albergue ameaçado pelas águas na localidade de Roma, no Outback,o "sertão" da Austrália.

Vista aérea de uma rodovia perto da cidade de Moree, que foi 'cortada' ao meio pelas inundações (Foto: Brad Hunter/Reuters)

Vista aérea de uma rodovia perto da cidade de Moree, que foi 'cortada' ao meio pelas inundações (Foto: Brad Hunter/Reuters)

A empresa Whitehaven Coal disse que precisou fechar quatro minas de carvão, mas que elas não foram inundadas e seus equipamentos não foram danificados. Outras empresas de mineração e de produção de gás natural liquefeito relataram que suas operações por enquanto não foram afetadas.

Há cerca de um ano, inundações no leste da Austrália mataram pelo menos 35 pessoas e afetaram cerca de 30 mil casas, além de danificar estradas, lavouras e minas de carvão.

A Austrália é o maior exportador mundial de carvão, respondendo por cerca de dois terços da oferta mundial de coque, matéria-prima na produção do aço.

O Conselho de Recursos de Queensland disse que muitas das minas do Estado ainda contêm água da temporada de chuvas do ano passado, e que a situação está sendo monitorada.

Produtores de algodão na região de Moree relataram prejuízos em torno de 1.000 a 1.500 dólares australianos (R$1.870 a R$ 2.785) por cada hectare cultivado.

O cotonicultor Robert Birch contou à TV pública que ficou ilhado no segundo andar da sua casa. "Acordamos hoje de manhã com wallabies, cangurus, uma équidna e um coala sentados nas árvores, então acho que tudo está indo para qualquer pedacinho de terreno elevado que encontrar."

inundações na Austrália (Foto: Jess Dawson / AP Photo)

Australiano bem-humorado aproveitou que as águas subiram até perto de sua casa para pescar de seu quintal, em Moree (Foto: Jess Dawson/AP)

http://oglobo.globo.com/mundo/frio-mata-quase-200-pessoas-na-europa-3868663

http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5592875-EI8142,00-Onda+de+frio+mata+por+hipotermia+na+Polonia+em+semana.html

http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5593046-EI8142,00-Frio+glacial+desafia+manifestantes+antiPutin+na+Russia.html

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/02/nevasca-incomum-em-roma-leva-prefeitura-a-fechar-coliseu.html

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/02/australia-fecha-minas-de-carvao-e-desocupa-cidades-inundadas-2.html


LinkCOMENTÁRIO:

Só não vê quem não quer que a natureza esta gemendo com as dores do parto, e a cada dia mais irão se intensificar.


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