'Brasil está uns 20 anos atrás da Argentina', diz presidente da Associação Brasileira de GLBTT
RIO - O casamento entre pessoas do mesmo sexo foi aprovado pelo Senado argentino na quinta-feira . A reforma substitui as palavras "homem e mulher" da versão atual da legislação por "cônjuges", permitindo assim que casais do mesmo sexo também possam contrair o matrimônio. Para Toni Reis, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais e diretor da Associação para a Saúde Integral e Cidadania na América Latina e no Caribe. a aprovação é um gesto de civilidade. ( Para homossexuais, aprovação do casamento gay na Argentina é incentivo para outros países )
" A Argentina agora, sem dúvidas, torna-se um país com mais igualdade e inclusão "
- A Argentina agora, sem dúvidas, torna-se um país com mais igualdade e inclusão. Todos e todas são vitoriosos pela decisão histórica - disse em entrevista ao GLOBO. - Vocês, hermanos e hermanas, devem se orgulhar do feito. Vocês são o primeiro país a reconhecer a igualdade dos direitos humanos de pessoas LGBT em nossa região, onde existe ainda muito machismo e homofobia.
Com a decisão, a Argentina ingressa o ainda seleto grupo de dez países em que o casamento de pessoas do mesmo sexo é permitido: África do Sul, Bélgica, Canadá, Espanha, Holanda, Islândia, Noruega, Portugal, Suécia e Suíça.
Qual a importância da lei aprovada pelo Senado argentino?É uma lei histórica. É um exemplo que deve ser seguido pelo Brasil e por outros países do mundo. Hoje, sete países punem a homossexualidade com a pena de morte: Irã, Arábia Saudita, Iêmem, Emirados Árabes Unidos, Sudão, Nigéria e Mauritânia. Apenas 23 nações reconhecem a união civil entre pessoas do mesmo sexo. E só 10 reconhecem o casamento, concedem direitos iguais aos heterossexuais e aos GLBTT.
Você acredita que essa aprovação reflete uma mudança na sociedade argentina?" Foi uma ousadia do Senado. Ainda há muito preconceito e discriminação na sociedade argentina "
Não. Foi uma ousadia do Senado argentino. Ainda há muito preconceito e discriminação na sociedade argentina. As pesquisas mostram que cerca de 50% dos argentinos apoiam a proposta. Não há uma consenso entre a população. Estão acontecendo muitos protestos. O que mudou foi a concepção dos políticos acerca da questão. Isso é importante. Nosso Congresso tem muito o que aprender. No Brasil nós não conseguimos aprovar sequer a lei que proíbe a discriminação aos gays. O projeto de lei está parado no Senado desde 2006. Estamos atrasados uns 20 anos em relação à Argentina. Mas isso deve mudar. Os três candidatos à Presidência já se pronunciaram favoravelmente à união civil. Já é um grande passo.
Qual o peso desta decisão para a comunidade gay do resto do continente?
" Se eles conseguiram lá, nós conseguiremos aqui também. É uma questão de tempo "
A mensagem é: Há um luz no fim do túnel. Temos uma perspectiva de alcançar isso também. Temos que nos organizar mais. Se eles conseguiram lá, nós conseguiremos aqui também. É uma questão de tempo.
Pelo que Deus os entregou a paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural no que é contrário à natureza; semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para como os outros, homem com homem, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a devida recompensa do seu erro. Romanos 1.26,27
os quais, conhecendo bem o decreto de Deus, que declara dignos de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que as praticam. Romanos 1.32
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